AGROECOLOGIA: CIÊNCIA, MOVIMENTO POLÍTICO E PRÁTICA SOCIAL PARA MITIGAÇÃO E ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Revista Brasileira De Agroecologia, v. 18, n. 1, 2023, p. 388–415.

Fábio Frattini Marchetti

Keila Cassia Santos Araújo Lopes

Marina Guyot

Marcos Sorrentino

Paulo Rogério Lopes

Resumo

A agricultura industrial no Brasil tem levado ao aumento dos gases do efeito estufa e contribuído para o aquecimento global, em especial nos últimos anos. Por outro lado, o país possui uma diversidade biológica, social e cultural que, aliada ao manejo de base agroecológica, adquire potencial para aumentar a resiliência dos sistemas produtivos frente aos distúrbios provocados pelas alterações do clima. A partir dos acúmulos nos diferentes campos da agroecologia, ressalta-se o papel crucial da participação dos diferentes setores da sociedade comprometidos com sociedades sustentáveis para o desenvolvimento de políticas públicas multicêntricas, que exijam do estado e das instituições a responsabilidade para o alcance da segurança e soberania alimentar, para conservação da biodiversidade, construção e fortalecimento de agroecossistemas resilientes, bem como à mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

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EXPERIÊNCIAS AGROECOLÓGICAS DA ESCOLA POPULAR DE AGROECOLOGIA E AGROFLORESTA EGÍDIO BRUNETTO E SEU POTENCIAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE BIOINSUMOS NO EXTREMO SUL DA BAHIA

Revista Brasileira De Agroecologia, v. 18, n. 1, 2023, p. 193–213.

Fábio Frattini Marchetti

Felipe Otávio Campelo e Silva

Iara Maria Lopes Rangel

Paulo Rogério Lopes

Resumo

O artigo tem como objetivo compartilhar experiências da Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto no Extremo Sul da Bahia, partilhando iniciativas que vão ao encontro da produção coletiva de bioinsumos, contribuindo com a emancipação e o avanço camponês no processo de transição agroecológica. A Escola contribui na construção e disseminação de conhecimentos agroecológicos a partir da promoção de cursos populares sobre bioinsumos, sistemas agroflorestais e práticas agroecológicas. Pesquisas em escala local e territorial têm sido desenvolvidas com resultados que ampliam as possibilidades de uso de bioinsumos de maneira coerente com a realidade social e ecológica das famílias assentadas. Além disso, uma usina de bioinsumos, denominada Centro de Produção de Tecnologias Camponesas Ana Primavesi, tem sido planejada, evidenciando o papel de destaque que a Escola Popular representa na difusão de tecnologias agroecológicas e seus potenciais para ampliar o acesso aos bioinsumos.

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Conflitos socioambientais no Território do Extremo Sul da Bahia e a Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto: a luta popular e as estratégias pedagógicas libertadoras na construção da agroecologia

Sapiens, v. 4, n. 2 – jul./dez, 2022, p. 71 – 93

Felipe Otávio Campelo e Silva

Fábio Frattini Marchetti

Meriely Oliveira de Jesus

Dionara Soares Ribeiro

Valdete Oliveira Santos

Resumo

O artigo versa sobre a luta popular e as estratégias pedagógicas libertadoras da Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto (EPAAEB) e procura trazer uma análise da história dos conflitos socioambientais das últimas décadas no território do Extremo Sul da Bahia, e como o Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), construiu as bases para a configuração de um movimento massivo de construção da Agroecologia. O artigo resgata algumas das ações educativas desenvolvidas pela EPAAEB, que desembocaram em diversas atividades para reverter o atual quadro de destruição do bioma mata atlântica, buscando romper a histórica e persistente dicotomia entre desenvolvimento social e preservação ambiental. Identificamos nesse estudo, o potencial das ferramentas pedagógicas utilizadas, cujos resultados apontam para novas possibilidades na construção popular da agroecologia e na elaboração de parâmetros para a formulação de políticas públicas no campo da agricultura camponesa.

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A formação docente em Educação e Agroecologia: relato das ações da Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto no Extremo Sul da Bahia

Geografia Ensino & Pesquisa, v. 26, e7, 2022.

Valdete Oliveira Santos

Dionara Soares Ribeiro

Felipe Otávio Campelo e Silva

Fábio Frattini Marchetti

Resumo

O artigo apresenta a sistematização de um processo coletivo de construção que vem sendo realizado pela Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, em conjunto com 52 escolas públicas em assentamentos e acampamentos da reforma agrária, desde 2014, na região do Extremo Sul da Bahia. Uma experiência que tem se mostrado exitosa na constituição de reflexões pedagógicas, que buscam questionar o atual modelo de desenvolvimento, de forma crítica e histórica, a partir da leitura da realidade das comunidades nas quais educadores e educandos estão imersos. Primeiramente, apresentamos uma breve descrição das contradições sociais, ambientais e econômicas decorrentes da expansão da monocultura do eucalipto e seus desdobramentos sobre a lógica produtiva camponesa. Em seguida, trazemos à tona elementos importantes da construção teórica do conceito da agroecologia e educação do campo, para por fim descrever as experiências desenvolvidas no campo da educação e agroecologia, tanto em seus processos formativos como em sua metodologia organizativa.

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A agricultura urbana e perirubana do município de São Paulo diante da pandemia de Covid-19: análises de experiências pertinentes para o combate à fome

Segurança Alimentar e Nutricional, Campinas, SP, v. 30, DOSSIÊ, e023002, 2023

Vitória Oliveira Pereira de Souza Leão

Roberta Moraes Curan

Paulo Eduardo Moruzzi Marques

Resumo

A pandemia Covid-19 gera impactos importantes na população mundial desde o início de 2020. As preocupações referentes ao abastecimento alimentar, notadamente das populações mais vulneráveis, ganharam destaque por parte de entidades internacionais, de órgãos públicos brasileiros, de pesquisadores e da sociedade civil. As dificuldades em responder à crise instaurada, especialmente pelo desalinhamento das ações amortecedoras nas diferentes esferas de poder brasileiras, agravadas por ameaças à democracia, compõem um quadro de ausência de plano público eficiente para a segurança alimentar e nutricional. Neste contexto, a agricultura urbana e periurbana (AUP), aliada a iniciativas fundamentadas na solidariedade alimentar, emerge como estratégica para o acesso ao alimento nas regiões urbanizadas mais vulneráveis, permitindo a manutenção de renda dos agricultores. O presente artigo visa lançar luz às diferentes ações de abastecimento alimentar no município de São Paulo no auge da pandemia, considerando especialmente novas dinâmicas em torno de sete agricultores urbanos e perirubanos paulistanos, representativos de situação nas principais regiões de produção em São Paulo. Além da articulação social entre diferentes grupos solidários do município, o papel dos circuitos curtos de proximidade na manutenção da produção local e na garantia do consumo alimentar de populações em situação de insegurança alimentar é destacado aqui, em quadro de grande insuficiência de políticas emergenciais de SAN.

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